Wild Zero
Japão (2000)
Direção; Tetsuro Kakeushi
Elenco: Guitar Wolf, Bass Wolf, Drum Wolf, Kae Minami,
Yoshiyuki Morishita, Naruka Nakajo e Kwancharu Shitichai
Quando Seiji Hideaki e Toru se juntaram em 1987 e montaram o
Guitar Wolf o objetivo foi claro. Fazer um som e compor um grupo musical
baseado na sua banda favorita os Ramones. Levando a sério esta intenção, o
Guitar Wolf também teria , a exemplo de sua banda espelho norte-americana, um
filme rock. Se os nova-iorquinos usaram da genialidade de Roger Corman para
estrelar “Rock’n’Roll High School” e conquistar corações e mentes continentes
afora, seus pupilos nipônicos engendraram uma história com tudo que cerca e
constitui o universo ramônico. Observe:
Ace, é um jovem roqueiro e fã do Guitar Wolf seu maior
ídolo. Magrelão, cabelo moicano e jaqueta de couro surrada, Ace é a própria
imagem do punk sujão com cara de nerd. Um perdedor nato. Mas Ace, salva Guitar
Wolf da morte durante uma briga não explicada e recebe um apito mágico de seu
ídolo. Sempre que usa-lo o Guitar Wolf virá para socorre-lo. Além do apito rola
um pacto de sangue entre ídolo e fã.
Após o marcante encontro, Ace que caminhava distraído
rememorando seu grande feito acaba indo comer algo na lanchonete e, ao abrir a
porta, desarma um maluco que estava com uma arma apontada para a garota
(Tobio).
Nesta altura do filme percebemos que Ace tem uma espécie de
imã para atrair confusões e paradas violentas, das quais ele se safa por pouco.
Ace então pega a Tobio, e juntos partem num cadillac rumo a
um lugar qualquer. Tudo beleza para ele; a Tobio é uma japonesa de quase 2
metros, meio top-model e de beleza andrógina. Para um “looser” está muito
bom...
Após pararem num posto de gasolina para encher o tanque do
veículo, eis que são cercados por zumbis e, sem escolha, começam a detonar os
mortos-vivos com umas pistolas gigantes. A presença dos zumbis se deve ao fato
da aparição de um UFO na cidade que está, com sua luz azulada, transformando as
pessoas em cadávers andantes.
O dois fogem mais uma vez (eram muitos os zumbis) e se
abrigam em um galpão abandonado. Segue a citação clichê da “Noite dos
Mortos-Vivos” , quase uma obrigação neste tipo de história, e encontram um
outro casal que também se escondia dos monstros famintos.
Este novo casal só brigava, era um jacu com crise
existencial e sua namorada pistoleira (de revólver, arma) que andava pelada pra
lá e pra cá e adorava estourar a cabeça das criaturas com um trabuco prateado.
Como as coisas estavam quase impossíveis de se resolverem, Ace lembra do apito
e chama o Guitar Wolf.
O ídolo ao ouvir o chamado grita como um lobo: Lock em Loll
!!! e com sua guitarra mágica ajuda a dizimar os coisa-ruins. O filme vai
terminando Ace já apaixonadão pela Tobio, (que até então não abriu a boca o
filme todo, só dando umas risadinhas) decide se declarar e diz que a quer como
sua namorada. A Tobio em resposta fica nua e se revela. Era um travesti.Ace
coça a cabeça e consulta seu ídolo Guitar Wolf que lhe diz para seguir seu
coração.
Ace e Tobio dão as mãos, o UFO vai embora, o Guitar Wolf
queima o chão da auto-estrada e logo o punk rock da banda japonesa domina todo
o finzinho do filme.
O mais belo tributo aos Ramones e ao mundo dos trash-movies
desde os videoclipes do The Cramps.
Uma viagem cinematográfica que mistura alienígenas, zumbis,
mulheres peladas, carros velozes e punk rock japonês.
Está em perigo ?
chame o Guitar Wolf !
*****Ótimo
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