sexta-feira, 18 de abril de 2014

MP3 Fast Reviews  – CD 173

Amanda Lear – I’m a Photograph (1977)
Cantora, compositora, modelo e musa de Salvador Dali , Amanda Lear virou notícia e ganhou notoriedade ao aparecer na capa de um disco do Roxy Music em 1973 vestida com roupa fetichista. A coisa pegou fogo quando, semanas depois do lançamento, ela declarou na revista Interview (orientada pelo amigo David Bowie, seu mentor artístico) de que era uma transexual (algo nunca provado). Assim, com muita mídia e barulho, esta avó espiritual de Lady Gaga lançou este álbum clássico da disco music. “I’m a Photograph” gravado na Alemanha e produzido por Tony Monn trazia a voz Marlene Dietrich de Amanda em meio às cascatas de violinos e melodias cativantes. O intrigante é que a voz da cantora tem mesmo um quê de masculina dando um tom exótico ao resultado final. Disco obrigatório.
Art – Supernatural Fairy Tales (1967)
Art foi um grupo britânico de rock psicodélico que imortalizou uma única e definitiva gema no ano de 1967 chamado “Historias Sobrenaturais de Contos de Fadas”. Meio parecido com o Spooky Tooth e com momentos de soul e blues este disco tem tudo o que caracterizou o som dos 1960’s: microfonia, mellotrons, farfisas e muito fuzzy. Art é uma espécie de reposta britânica a grupos americanos como o The Seeds. Lançado em CD pela Edsel Records.
Boston – Third Stage (1986)
Após o bom segundo álbum “Don’t Look Back” o Boston conseguiu demorar oito anos para gravar este terceiro e definitivo trabalho com o mesmo tipo de som dos anteriores mas com produção melhor. A faixa “Amanda” mistura guitarras elétricas com acústicas e vocais de apuro operístico; o som do trabalho impressiona e define o que conhecemos como rock de arena. O interessante é que mesmo com a pegada meio hard prog o disco é acessível e legal.
Menudo – Explosion (1984) / Refrescante (1986) / Sombras y Figuras (1988)
Grupo portorriquenho de laboratório que fez um sucesso colossal na década de 1980 a ponto de espalhar a menudomania mundo afora. No Brasil os grupos Polegar e Dominó são conseqüências diretas da superexposição que o Menudo teve nas TVs brasileiras. A jogada não poderia ser mais bem sacada: moleques bonitinhos que ao completarem 18 anos tinham que obrigatoriamente sair da banda para a entrada de outro pirralho. Robi Drago Rosa e Rick Martin pertenceram ao grupo. Nesta trinca de álbuns um pequeno destaque para “Explosion” de 1984 o último disco deles com algum valor. Os melhores trabalhos dos moleques ainda são “Reaching Out” e “Evolucion”.
Rick Wakeman – Lisztomania (1976)
Trilha sonora para o filme do maluco Ken Russell, o mesmo de Tommy, que bolou para as telas uma biografia do compositor Liszt. Só que como todos os filmes de Russell o que não falta é doidice: nazistas, bailarinas, ETs e misturas de estilos e épocas. Só mesmo o virtuoso e pretensioso Rick Wakeman para dar conta de tamanho recado. Tecladeira over com momentos brilhantes.
Rufus and Chaka Khan – Masterjam (1979)
Vindo de um fiasco em 1978, e deixando passar várias oportunidades para estourar, Rufus and Chaka Khan chamaram o maestro Quincy Jones para produzir este irretocável “Masterjam” de 1979. O estilo do amigo do Michael Jackson se faz sentir em todas as faixas mas nem por isso o disco perde o valor. O destaque sempre é a Chaka. Quando ela solta seu vozeirão de diva funk qualquer excesso vira detalhe e o que nos conquistas é o balanço estiloso do grupo. Como curiosidade temos o fato do Quincy não ter se agüentado e cravado uma cover dele mesmo “Body Heat”. Resumo da história: o disco deveria se chamar “Rufus and Chaka Khan and Quincy Jones”.

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