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Reviews – CD 173
Amanda Lear – I’m a Photograph (1977)
Cantora, compositora, modelo e musa de Salvador Dali ,
Amanda Lear virou notícia e ganhou notoriedade ao aparecer na capa de um disco
do Roxy Music em 1973 vestida com roupa fetichista. A coisa pegou fogo quando,
semanas depois do lançamento, ela declarou na revista Interview (orientada pelo
amigo David Bowie, seu mentor artístico) de que era uma transexual (algo nunca
provado). Assim, com muita mídia e barulho, esta avó espiritual de Lady Gaga
lançou este álbum clássico da disco music. “I’m a Photograph” gravado na
Alemanha e produzido por Tony Monn trazia a voz Marlene Dietrich de Amanda em
meio às cascatas de violinos e melodias cativantes. O intrigante é que a voz da
cantora tem mesmo um quê de masculina dando um tom exótico ao resultado final.
Disco obrigatório.
Art – Supernatural Fairy Tales (1967)
Art foi um grupo britânico de rock psicodélico que
imortalizou uma única e definitiva gema no ano de 1967 chamado “Historias
Sobrenaturais de Contos de Fadas”. Meio parecido com o Spooky Tooth e com
momentos de soul e blues este disco tem tudo o que caracterizou o som dos
1960’s: microfonia, mellotrons, farfisas e muito fuzzy. Art é uma espécie de
reposta britânica a grupos americanos como o The Seeds. Lançado em CD pela Edsel Records.
Após o bom segundo álbum “Don’t Look Back” o Boston
conseguiu demorar oito anos para gravar este terceiro e definitivo trabalho com
o mesmo tipo de som dos anteriores mas com produção melhor. A faixa “Amanda”
mistura guitarras elétricas com acústicas e vocais de apuro operístico; o som
do trabalho impressiona e define o que conhecemos como rock de arena. O
interessante é que mesmo com a pegada meio hard prog o disco é acessível e
legal.
Menudo – Explosion (1984) / Refrescante (1986) / Sombras y
Figuras (1988)
Grupo portorriquenho de laboratório que fez um sucesso
colossal na década de 1980 a ponto de espalhar a menudomania mundo afora. No
Brasil os grupos Polegar e Dominó são conseqüências diretas da superexposição
que o Menudo teve nas TVs brasileiras. A jogada não poderia ser mais bem
sacada: moleques bonitinhos que ao completarem 18 anos tinham que
obrigatoriamente sair da banda para a entrada de outro pirralho. Robi Drago
Rosa e Rick Martin pertenceram ao grupo. Nesta trinca de álbuns um pequeno
destaque para “Explosion” de 1984 o último disco deles com algum valor. Os
melhores trabalhos dos moleques ainda são “Reaching Out” e “Evolucion”.
Rick
Wakeman – Lisztomania (1976)
Trilha sonora para o filme do maluco Ken Russell, o mesmo de
Tommy, que bolou para as telas uma biografia do compositor Liszt. Só que como
todos os filmes de Russell o que não falta é doidice: nazistas, bailarinas, ETs
e misturas de estilos e épocas. Só mesmo o virtuoso e pretensioso Rick Wakeman
para dar conta de tamanho recado. Tecladeira over com momentos brilhantes.
Rufus and
Chaka Khan – Masterjam (1979)
Vindo de um fiasco em 1978, e deixando passar várias
oportunidades para estourar, Rufus and Chaka Khan chamaram o maestro Quincy
Jones para produzir este irretocável “Masterjam” de 1979. O estilo do amigo do
Michael Jackson se faz sentir em todas as faixas mas nem por isso o disco perde
o valor. O destaque sempre é a Chaka. Quando ela solta seu vozeirão de diva
funk qualquer excesso vira detalhe e o que nos conquistas é o balanço estiloso
do grupo. Como curiosidade temos o fato do Quincy não ter se agüentado e
cravado uma cover dele mesmo “Body Heat”. Resumo da história: o disco deveria
se chamar “Rufus and Chaka Khan and Quincy Jones”.
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