Beck - Odelay
Ao contrário de “Stereopathetic Soul Manure” e “One Foot in
the Grave”, álbuns de estética indie que sucederam a estrondosa estréia de
“Mellow Gold” (inspiradíssimo disco debut com a bomba atômica “Looser”), este
“Odelay” veio em poucos meses após os dois aí em cima. Assim, em 1996 haviam
quatro álbuns do cantor Beck Hansen disponível nas lojas do mundo inteiro.
“Odelay” se destaca por uma produção mais cristalina e a reunião dos melhores
momentos dos outros três álbuns. A produção meticulosa dos Dust Brothers é responsável
pelo sucesso de público e crítica que alavancou Beck ao estrelato. “Devil’s
Haircut” a faixa de abertura tem umas paradinhas sensacionais além de vocal
narrativo, quase um rap-country. No mosaico engendrado pelo cantor vale um
pouco de tudo: country, pop, soul padrão stax e rock garageiro que em nenhum
momento soa forçado ou deslocado. Certamente foi seu canto de cisne (uma vez
que os discos posteriores padecem de uma ausência de combustão e apesar das
belíssimas roupagens não empolgam como estes discos do início da carreira). De
toda forma fica a herança de um quarteto de álbuns bacanas e atemporais.
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