Le Notti Porno Nel Mondo a.k.a. Mondo Erotica
Itália (1977)
Direção: Bruno Mattei
Elenco: Laura Gemser
Shockumentário italiano, muito popular nos anos setenta, que
tinha como objetivo chocar e causar escândalo. Uma espécie de National
Geographic pornô que o tempo encarregou de transformar em comédia sexy.
Dificilmente alguém vai se ofender com o erotismo softcore que pulula a todo
momento. O subestimado Bruno Mattei já mostra a que veio ao escalar a beleza de
ébano Laura Gemser (a mais bonita de todas as Emmanuelles) como apresentadora
da trapaça.
A beleza negra surge e vai nos conquistando com todo aquele
charme e começa, a cada bloco do documentário, tirando peças de roupa e fazendo
com que o espectador nem dê muito atenção na história (?) apresentada. Surge as
primeiras cenas de nudismo e nos primeiros minutos descobrimos a vigarice na
coisa; agora o que todos esperam com ansiedade são os momentos “de interrupção”
(que é quando a gostosa aparece).
Mas nem todo o carisma da Laura é suficiente para salvar o
filme, absolutamente sem valor artístico,que não se preocupa com qualquer
caráter didático (o que ao menos se espera de um “documentário”). Tudo vai
servindo de pretexto para picaretagens que vão nos divertindo no lugar de
qualquer excitação e assim temos: aborígenes transando com gorilas (um cara com
roupa de macaco), virgens sangrando após rituais de sacrifício (os sacerdotes
da tribo já usavam gilete e prestobarba hehehe...), strip-teases em inferninhos
na Europa, prostitutas observadas em vitrines de Amsterdã e uma longa fila de
cenas nada a ver que só valem por aspectos estéticos e curiosos como cenários,
figurinos e outras coisas.
A armação vai correndo e a gente louco para que a Laura
entre logo e interrompa a chatice. Ela finalmente aparece, mas deitada semi nua
lendo a Paris Match. laura gemser
Voltando ao filme temos de novo cenas de boates, agora uma
orgia pra lá de mal filmada tenta nos fazer crer que o que vemos é real, claro
que não há close de nada o que vai reforçando a idéia de falsa reportagem.
Aparece um cara de terno com uma loira a tiracolo; é um mágico que após
embrulha-la com um paninho, faz desapareer a calcinha que ela vestia para
depois surgi-la dentro de sua cartola. A loira era um travesti.
A coisa vai ficando tão ridícula que no fundo até que soa
genial. Pausa. Mais um sorriso colgate da Laura e agora a “equipe de
reportagem” (é mole ?) está no Rio de Janeiro para mostrar um ritual vudu (?).
Nossa umbanda é confundida com a religião do Haiti e toda hora o locutor fala
Salvador-Rio de Janeiro. Aparecem cenas de galinhas estranguladas e o povão
bebendo sangue. Nesta altura eu já desisti do longa e tudo que eu quero é ver
os peitinhos da anfitriã. Mas antes do fim ainda temos que agüentar um sexo
tantrico de mentirinha e um balé de nudistas. A fita termina e a Laura para frustração
de todo mundo não fica completamente nua em nenhum momento. Sobe os caracteres
e avisto o nome Bruno Mattei , um rápido esforço de memória me avisa que é o
mesmo sujeito por trás de filmes bacanas de WIP e canibais. Como é que um
diretor tão cool me apresenta esta roubada ?
Ainda deu tempo de zapear e assistir uns senadores
discutindo pra valer na TV Senado. Isso sim é que é de arrepiar os cabelos !!
**Regular
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