Once In a
Lifetime: The Extraordinary Story Of The New York Cosmos – O Mundo Aos Seus Pés
EUA (2006)
Direção:
Paul Crowder e John Dower
Elenco: Ahmet Ertegun, Matt Dillon (voz), Chinaglia, Pelé,
Carlos Alberto Torres e Franz Beckenbauer
Uma pequena pérola, para os amantes do futebol, foi jogada
meio secretamente nos balaios e estantes das lojas de DVD. Trata-se do
documentário “O Mundo Aos Seus Pés” que narra a história do time de futebol New
York Cosmos e a conseqüente popularização do soccer nos EUA.
Criado pelos magnatas do jazz, os irmãos turcos Nesuhi e
Ahmet Ertegun (fundadores da Atlantic Records), o Cosmos mais do que um clube
de futebol era uma espécie de hall da fama do mundo futebolístico. Acostumados
a estar sempre no topo em todas as suas empreitadas os irmãos empresários não
pouparam dinheiro para “convencer” o rei Pelé a voltar aos gramados.
Em 1973, Edson Arantes do Nascimento havia afirmado que não
disputaria a Copa de 74 na Alemanha e para justificar tal atitude disse que
queria encerrar sua carreira no auge. Um ano depois, seduzido pelos dólares do time
norte-americano, ele assinava um contrato para duas temporadas. A chegada de
Pelé nos EUA trouxe consigo um público novato que conhecia o futebolista mas
não sabia direito os fundamentos do soccer. A popularização do futebol começava
então por lá.
Com a criação do Cosmos, e outros clubes: Los Angeles
Aztecs, Tampa Bay , Chicago Sting , etc, a NASL (a CBF deles) conseguiu
viabilizar um campeonato de grande porte com patrocinadores, TV e repercussão
na mídia.
A inspiração do Cosmos veio do New York Mets, time de
beisebol da cidade, da mesma forma que “Mets” era uma abreviação de
“Metropolitans”, o nome “Cosmos” era uma redução de “Cosmopolitans”. Nascia o
New York Cosmos.
Coincidência feliz foi a escolha das cores branco, verde e
amarelo, que homenageava a Seleção Brasileira e manteve uma certa relação com
Pelé, Carlos Alberto,Marinho Chagas e outros craques brasileiros que passaram
por lá. O segundo uniforme era igual ao do Palmeiras: camisa verde e calção
branco.
A contratação e a euforia provocada pela chegada de Pelé
despertou o interesse de managers da Warner que passaram a investir no clube;
chegaram então Beckenbauer, Neeskens, Chinaglia e Carlos Alberto Torres (o
Capitão do Tri).
Desde a criação da liga de futebol o time novaiorquino
conquistou cinco campeonatos nacionais, um vice-campeonato e três Atlantic Cup
(uma espécie de Copa do Brasil deles). Durante estes anos, além de ser o
principal clube do país, teve sempre a melhor média de público. A popularidade
era tanta que num determinado momento, num playoff contra o Fort Lauderdale
,arrastou mais de 77 mil pessoas aos estádios. O Cosmos mandava seus jogos no
Giant Stadium.
Estatísticas à parte a curiosidade fica por conta da
narração do Matt Dillon e a informação de que os jogos, sempre realizados em
gramados sintéticos, nunca podiam terminar empatados. A regra da NASL previa
prorrogação de 15 minutos e cobranças de pênaltis após o empate ainda mantido.
Nos anos 80 com a “aposentadoria de fato” dos craques do
Cosmos e de outros clubes o soccer entra em declínio e em 1984 o time encerra
suas atividades.
Atualmente a marca “Cosmos” pertence a um ex-assessor do
jogador Chinaglia, Peppe Pinton que pagou US$ 2 milhões por ela.
Melhor momento: Todos falando mal do centroavante Giorgio
Chinaglia e ele rindo com duas loiras (uma em cada braço) no Studio 54
***Bom
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