Histórias Que Nossas Babás Não Contavam
Brasil (1979)
Direção: Oswaldo de Oliveira
Elenco: Adele Fátima (Clara das Neves), Costinha (caçador),
Meiry Vieira (rainha), Dênis Derkian (príncipe) , Xandó Batista (rei), Sérgio
Hingst (conde) e os anões: Satã, Quinzinho, Litho, Zezinho, Paulinho, Zequinha
e João Grandão
Sátira do conto “Branca de Neve” dos Irmãos Grimm
,“Histórias que Nossas Babás Não Contavam” mostra até onde o inventivo e
censurado cinema brasileiro conseguiu chegar ao apimentar seus filmes com um
pouco sacanagem debilóide e humor pastelão.
A belíssima Adele Fátima (na época com 23 anos, principal
mulata exportação do Sargentelli), é Clara das Neves filha do rei com uma
rainha africana. De beleza incomum e sensualidade exuberante ela acaba provocando
o ciúme e a ira da rainha que não suporta a (para ela) tão incômoda presença.
O rei está doente e o reino em breve estará nas mãos
malignas da rainha. Esta vive furiosa porque o espelho mágico sempre respondia
que Clara era a mais bonita (e gostosa) do reino. A rainha, que não aguenta
tamanha verdade, quebra o espelho e coloca a princesa para correr.
Uma vez expulsa, Clara caminha a esmo pelo bosque e seduz o
caçador (Costinha) contratado para mata-la. O fiasco se deve ao fato de
Costinha só conseguir caçar veados e não saber o que fazer diante de tamanha
formosura. Chocada ao saber da trama da rainha, Clara decide que nunca mais
voltará para o seu lar e continua viagem floresta adentro. Acaba topando com a
casinha dos sete anões.
A presença dela altera a rotina dos sacaninhas pois o único
prazer na vida dos pirralhos era se esbaldar com um dos anões, que era gay.
Logo a deusa Adele Fátima acaba ensinando, a cada um , as artimanhas do amor.
Segue-se o lero-lero, muita zoeira, rápidas cenas de sexo não consumado e a
Clara come a maçã envenenada. No fim, pinta um belo príncipe cavalgando um
cavalo branco e é levado pelos anões para o beijo de quebra de encantamento.
Ocorre que o príncipe não era muito chegado nestas coisas e
a contragosto salva a Clara com um brevíssimo selinho. O que o príncipe queria
mesmo era o anão gay que após umas piscadelas seduz o bonitão. Risinho pra cá,
charminho pra lá e o anão monta no cavalo e juntos (príncipe e anão gay) partem
abraçadinhos, apaixonados e felizes enquanto sobem os letreiros de
encerramento...
Pra chorar de tanto rir !
***Bom
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