segunda-feira, 21 de abril de 2014

Basta de Mujeres
Argentina (1977)
Direcão: Hugo Moser
Elenco: Alberto Olmedo, Susana  Giménez, Gilda Lousek, Juan Carlos  Dual, Adolfo García Grau
Alberto Olmedo tem 40 anos ( trabalha há 20 como escrivão em um humilde escritório) e vai tocando seu trabalho de forma mecânica e tranqüila quando é surpreendido por risadinhas e gargalhadas dos amigos de trabalho. Estes, convencidos galanteadores, ficam provocando e medindo o Alberto. Questionam se o colega teria coragem e capacidade em  assumir um caso fora do casamento. Como o Alberto se mostra esquivo e pouco interessado o jeito é apresenta-lo para a loiraça Susana Gimenez que estava estagiando por lá.
Todos juram de pés juntos que traem costumeiramente suas esposas, que o bacana é ter “uma amante” e que Alberto não sabe o que está perdendo... Este, cede então às pressões dos “amigos” e passa a dar uns sorrisos marotos para a loira que demora a perceber a intenção do fidalgo.
Numa dessas sessões de aproximação o aprendiz de Don Juan “erra” o alvo e passa a mão numa cliente que visitava o escritório. Tabefes e gargalhadas selam a sorte do infeliz.
Queixando se para um amigo latin-lover (que fazia muito sucesso com as mulheres) , Alberto pede uma ajuda para “consolidar um caso extraconjugal” afim de ter um pouco de sossego no escritório.
Seu amigo lhe socorre da melhor forma chamando uma dupla de belas ,uma loira e uma morena, e organiza uma festinha no seu apartamento com ares de abatedouro. Sem perder tempo o Rodolfo Valentino dos pampas se atraca com a morena de canelas grossas enquanto um medroso Alberto prefere brincar com pedras de gelo e a garrafa de uísque. Impaciente, pergunta para o garanhão “quando chegará a  sua (dele) companhia”. Momentos de expectativa, um close num par de pernas finas e elegantes, dedinhos saltando de uma sandália de salto agulha, passos lângidos descendo suavemente uma escada, um travelling pelas costas da jovem e voilá...
A loira era  Susana Gimenez colega de Alberto no escritório. Claro que isso só serviu para apimentar a situação e o rala e rola se realiza mesmo que desajeitadamente.
No dia seguinte já dá para ver o ar pimpão do Alberto-conquistador que decide manter em segredo o romance com a beleza loura. Ocorre, que o Adrian Lyne deve ter se baseado na personagem da Susana para  rodar o “Atração Fatal”, uma vez que Glenn Close ciumenta é fichinha perto da diva argentina que passa a perseguir o colega em todos os lugares. O Alberto acaba arrumando uma baita sarna para se coçar e tem que dar mil cambalhotas para explicar para a esposa os atrasos, viagens e falta de apetite (em todos os sentidos).
Quando a situação beira o impasse e uma decisão tem que ser tomada , Alberto prefere a antiga esposa e descarta a belezura. Essa já estava prevendo o possível desenlace e até que assimila bem a situação: uma vez que em nenhum momento ouve o encontro do pé com a bunda...
Cansado, aliviado, mas feliz Alberto começa uma sessão de horas extras no escritório a fim de compensar as faltas e atrasos que o tórrido caso lhe custou. Quando percebe que é o único a trabalhar por lá, vai ao encalço dos amigos e encontra uma rodinda com todos eles rindo barbaridade e confessando que o “Alberto caiu como um patinho”. O novo Casanova pergunta o que está acontecendo e é então informado que nenhum deles nunca traiu suas respectivas esposas e que o desafio era apenas uma brincadeira deles para cima do inocente desavisado. Sem perder a pose,  Alberto dá uma espanadinha no chapéu e diz com todos os dentes:
Não tens amantes ? Pois não sabem o que estão perdendo...
Comédia argentina acima da média.

**** Bom

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