Basta de Mujeres
Argentina (1977)
Direcão: Hugo Moser
Elenco: Alberto Olmedo, Susana Giménez, Gilda Lousek, Juan Carlos Dual, Adolfo García Grau
Alberto Olmedo tem 40 anos ( trabalha há 20 como escrivão em
um humilde escritório) e vai tocando seu trabalho de forma mecânica e tranqüila
quando é surpreendido por risadinhas e gargalhadas dos amigos de trabalho.
Estes, convencidos galanteadores, ficam provocando e medindo o Alberto.
Questionam se o colega teria coragem e capacidade em assumir um caso fora do casamento. Como o
Alberto se mostra esquivo e pouco interessado o jeito é apresenta-lo para a
loiraça Susana Gimenez que estava estagiando por lá.
Todos juram de pés juntos que traem costumeiramente suas
esposas, que o bacana é ter “uma amante” e que Alberto não sabe o que está
perdendo... Este, cede então às pressões dos “amigos” e passa a dar uns
sorrisos marotos para a loira que demora a perceber a intenção do fidalgo.
Numa dessas sessões de aproximação o aprendiz de Don Juan
“erra” o alvo e passa a mão numa cliente que visitava o escritório. Tabefes e
gargalhadas selam a sorte do infeliz.
Queixando se para um amigo latin-lover (que fazia muito
sucesso com as mulheres) , Alberto pede uma ajuda para “consolidar um caso
extraconjugal” afim de ter um pouco de sossego no escritório.
Seu amigo lhe socorre da melhor forma chamando uma dupla de
belas ,uma loira e uma morena, e organiza uma festinha no seu apartamento com
ares de abatedouro. Sem perder tempo o Rodolfo Valentino dos pampas se atraca
com a morena de canelas grossas enquanto um medroso Alberto prefere brincar com
pedras de gelo e a garrafa de uísque. Impaciente, pergunta para o garanhão
“quando chegará a sua (dele) companhia”.
Momentos de expectativa, um close num par de pernas finas e elegantes, dedinhos
saltando de uma sandália de salto agulha, passos lângidos descendo suavemente
uma escada, um travelling pelas costas da jovem e voilá...
A loira era Susana
Gimenez colega de Alberto no escritório. Claro que isso só serviu para
apimentar a situação e o rala e rola se realiza mesmo que desajeitadamente.
No dia seguinte já dá para ver o ar pimpão do
Alberto-conquistador que decide manter em segredo o romance com a beleza loura.
Ocorre, que o Adrian Lyne deve ter se baseado na personagem da Susana para rodar o “Atração Fatal”, uma vez que Glenn
Close ciumenta é fichinha perto da diva argentina que passa a perseguir o
colega em todos os lugares. O Alberto acaba arrumando uma baita sarna para se
coçar e tem que dar mil cambalhotas para explicar para a esposa os atrasos,
viagens e falta de apetite (em todos os sentidos).
Quando a situação beira o impasse e uma decisão tem que ser
tomada , Alberto prefere a antiga esposa e descarta a belezura. Essa já estava
prevendo o possível desenlace e até que assimila bem a situação: uma vez que em
nenhum momento ouve o encontro do pé com a bunda...
Cansado, aliviado, mas feliz Alberto começa uma sessão de
horas extras no escritório a fim de compensar as faltas e atrasos que o tórrido
caso lhe custou. Quando percebe que é o único a trabalhar por lá, vai ao
encalço dos amigos e encontra uma rodinda com todos eles rindo barbaridade e
confessando que o “Alberto caiu como um patinho”. O novo Casanova pergunta o
que está acontecendo e é então informado que nenhum deles nunca traiu suas
respectivas esposas e que o desafio era apenas uma brincadeira deles para cima
do inocente desavisado. Sem perder a pose,
Alberto dá uma espanadinha no chapéu e diz com todos os dentes:
Não tens amantes ? Pois não sabem o que estão perdendo...
Comédia argentina acima da média.
**** Bom
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