MP3 FAST
REVIEWS – CD 21
Ozzy
Osbourne – Bark at The Moon (1983)
Quarto album do Ozzy que traz a faixa título como destaque.
Ozzy encontra em Jake E.Lee um substituto definitivo ao grande Randy Rhoads
falecido um pouco antes do disco ser gravado. O videoclipe de “Bark at the
Moon” com Ozzy vestido como lobisomem tomou a MTV de assalto e projetou este
álbum do Madmam. Após o sucesso desde disco Ozzy, começa a beber e cheirar
feito louco e sua produção, embora constante, perde a qualidade só voltando a
ter algum valor quando do lançamento do surpreendente ótimo “No More Tears” de
1991.
Phil
Spector – A Christmas Gift For You (1963)
Disco que consta em todas as listas de 100 melhores de todos
os tempos ressaltou e confirmou a genialidade de produtor de Phil Spector, um
mestre na arte explorar os recursos de um estúdio de gravação. Neste álbum
natalino, o inventor do “wall-of-sound” grava girls groups como as Ronettes e
cantorzinhos anódinos como Bob Soxx e os The Blue Jeans. Vale pela beleza do
som e a sofisticação do resultado final.
Pink Floyd
– Black Wizard: Live Montreux Jazz Festival (1971)
Qualidade de gravação muito boa por se tratar de um bootleg,
ainda mais se considerarmos o longuinquo ano de 1971...,(provavelmente foi
gravado direto da mesa de som) traz apenas três longas e brilhantes músicas do
querido Pink Floyd (Echoes, Carefull With That Axé, Eugene e Set The Control
For The Heart of The Sun). Como detalhe curioso o nome do álbum “Bruxo Negro”
(quem seria ele ?) e o fato da capa trazer o Mason (quase sempre é o Waters ou
o Gilmour). Enfim, 53 minutos de rock progressivo com a assinatura dos mestres
ingleses. Pode ir sem medo.
Pungent
Stench – Masters of Moral Servants of Sin (2002)
Grande lançamento da gravadora Nuclear Blast em 2002, este
“Masters of Moral..” em que pese as críticas bestas contra o catolicismo é um
bom álbum do gênero com uma quantidade brutal do mais extremo grindcore e
alguns momentos death metal. Vindos da Áustria, o Pungent Stench nunca galgou
ao patamar principal da produção extrema mas sempre foi uma ótima banda do lado
B do gênero.
Radioactive
Tribute to Kraftwerk
Mais um tributo (eles merecem) aos papas da música
eletrônica, este Radioactive traz artistas japoneses como Takkyo Ishino, Hajime
Fukuma e Teruo Nakano, ao lado de jóias do indie rock como Buffalo Daughter e
Señor Coconuts executando versões personalíssimas do grupo alemão Kraftwerk.
Disparado a melhor versão do disco é “The Robots” em levada caribenha com direito
a xilofones e pianinho de brinquedo levada à cabo pelos ótimos Señor Coconuts.
“The Model” retrabalhado pelo japonês Hikashu também é bem legal.
Robbie
Williams – Escapology (2003)
Álbum fraco, de transição, pega o compositor Robbie Williams
querendo se despedir do mundo teenager e investir num som mais rebuscado mas
ainda mantendo vícios de sua produção anterior. Não é um grande álbum embora as
canções “Feel” e “Love Somebody” tenha um certo valor. Serve como um retrato de
um artista que manteve uma carreira mais à custa da aparência e da
personalidade do que propriamente pelos dotes artísticos. Alguns anos depois
Williams gravaria bons álbuns mas esta é uma outra história.
Rotting Christ – Triarchy of
The Lost Lovers (1996) /Genesis (2002)
O terceiro album da banda grega de black metal Rotting
Christ é desde sempre seu melhor trabalho e um dos principais discos do gênero.
Nesta estréia pelo selo Century Media, a banda vira as costas para a pauleira
obtusa dos dois primeiros discos e abarca um trash metal majestoso com toques
de progressivo e uma grandiloqüência que só o Therion ou o Mortiis conseguiriam
produzir anos depois. Ritmos mais lentos, riffs de guitarras gêmeas, melodias
impecáveis tudo interligado a vocais maléficos não há em “Triarchy of The Lost
Lovers” um sulco sequer de música ruim. O mesmo não se pode dizer de Genesis
(de 2002) que embora bom alterna uma “leveza” estranha para o som do Rotting
Christ. A audição conjunta destes dois discos de certa forma é uma aula do que
se convencionou chamar de black metal.
Safri Duo – Episode 2 (2001)
Dupla formada pelos dinamarqueses Uffe Savery e Morten Friis
tenta uma ousada e pretensiosa criação de uma espécie de eletrônica-fusion
ficando no meio do caminho com este disco chato e repetitivo. A tentativa de
fazer leituras de músicas de diversos continentes filtrados por drum machines
até que é boa mas nada se amarra direito e o disco perde o gás lá pela terceira
faixa.
Television – Adventure (1978)
Com a impossível missão de tentar superar ou ao menos se
igualar ao fantástico “Marquee Moon” de 1977, “Adventure” suaviza as guitarras
de Tom Verlaine e se concentra nos truques de produção de John Jansen. Não é um
disco ruim em momento algum e preserva o estilo intacto da dobradinha
Verlaine-Lloyd , mas a combustão do álbum anterior não está presente. De toda a
forma tem “Ain’t That Nothin” e “The Dream’s Dream” que já valem o disco...
Testament –
Souls of Black (1990)
Sem o brilho de “New World Order” , mas melhor que “Practice
What You Preach” este terceiro álbum do Testament preserva o som que todo
headbanger quer ouvir: pauleira incandescente e guitarras bem tocadas. Esta
grande banda do trash metal se afasta dos temas góticos e do ocultismo
(presente apenas na capa) e parte para um a crítica social e política fazendo
um panfleto metálico de qualidade única e que balizou outras bandas do gênero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário