sábado, 19 de abril de 2014

MP3 FAST REVIEWS – CD 21

Ozzy Osbourne – Bark at The Moon (1983)
Quarto album do Ozzy que traz a faixa título como destaque. Ozzy encontra em Jake E.Lee um substituto definitivo ao grande Randy Rhoads falecido um pouco antes do disco ser gravado. O videoclipe de “Bark at the Moon” com Ozzy vestido como lobisomem tomou a MTV de assalto e projetou este álbum do Madmam. Após o sucesso desde disco Ozzy, começa a beber e cheirar feito louco e sua produção, embora constante, perde a qualidade só voltando a ter algum valor quando do lançamento do surpreendente ótimo “No More Tears” de 1991.

Phil Spector – A Christmas Gift For You (1963)
Disco que consta em todas as listas de 100 melhores de todos os tempos ressaltou e confirmou a genialidade de produtor de Phil Spector, um mestre na arte explorar os recursos de um estúdio de gravação. Neste álbum natalino, o inventor do “wall-of-sound” grava girls groups como as Ronettes e cantorzinhos anódinos como Bob Soxx e os The Blue Jeans. Vale pela beleza do som e a sofisticação do resultado final.

Pink Floyd – Black Wizard: Live Montreux Jazz Festival (1971)
Qualidade de gravação muito boa por se tratar de um bootleg, ainda mais se considerarmos o longuinquo ano de 1971...,(provavelmente foi gravado direto da mesa de som) traz apenas três longas e brilhantes músicas do querido Pink Floyd (Echoes, Carefull With That Axé, Eugene e Set The Control For The Heart of The Sun). Como detalhe curioso o nome do álbum “Bruxo Negro” (quem seria ele ?) e o fato da capa trazer o Mason (quase sempre é o Waters ou o Gilmour). Enfim, 53 minutos de rock progressivo com a assinatura dos mestres ingleses. Pode ir sem medo.
  
Pungent Stench – Masters of Moral Servants of Sin (2002)

Grande lançamento da gravadora Nuclear Blast em 2002, este “Masters of Moral..” em que pese as críticas bestas contra o catolicismo é um bom álbum do gênero com uma quantidade brutal do mais extremo grindcore e alguns momentos death metal. Vindos da Áustria, o Pungent Stench nunca galgou ao patamar principal da produção extrema mas sempre foi uma ótima banda do lado B do gênero.

Radioactive Tribute to Kraftwerk

Mais um tributo (eles merecem) aos papas da música eletrônica, este Radioactive traz artistas japoneses como Takkyo Ishino, Hajime Fukuma e Teruo Nakano, ao lado de jóias do indie rock como Buffalo Daughter e Señor Coconuts executando versões personalíssimas do grupo alemão Kraftwerk. Disparado a melhor versão do disco é “The Robots” em levada caribenha com direito a xilofones e pianinho de brinquedo levada à cabo pelos ótimos Señor Coconuts. “The Model” retrabalhado pelo japonês Hikashu também é bem legal.

Robbie Williams – Escapology (2003)

Álbum fraco, de transição, pega o compositor Robbie Williams querendo se despedir do mundo teenager e investir num som mais rebuscado mas ainda mantendo vícios de sua produção anterior. Não é um grande álbum embora as canções “Feel” e “Love Somebody” tenha um certo valor. Serve como um retrato de um artista que manteve uma carreira mais à custa da aparência e da personalidade do que propriamente pelos dotes artísticos. Alguns anos depois Williams gravaria bons álbuns mas esta é uma outra história.

 Rotting Christ – Triarchy of The Lost Lovers (1996) /Genesis (2002)
O terceiro album da banda grega de black metal Rotting Christ é desde sempre seu melhor trabalho e um dos principais discos do gênero. Nesta estréia pelo selo Century Media, a banda vira as costas para a pauleira obtusa dos dois primeiros discos e abarca um trash metal majestoso com toques de progressivo e uma grandiloqüência que só o Therion ou o Mortiis conseguiriam produzir anos depois. Ritmos mais lentos, riffs de guitarras gêmeas, melodias impecáveis tudo interligado a vocais maléficos não há em “Triarchy of The Lost Lovers” um sulco sequer de música ruim. O mesmo não se pode dizer de Genesis (de 2002) que embora bom alterna uma “leveza” estranha para o som do Rotting Christ. A audição conjunta destes dois discos de certa forma é uma aula do que se convencionou chamar de black metal.

Safri Duo – Episode 2 (2001)
Dupla formada pelos dinamarqueses Uffe Savery e Morten Friis tenta uma ousada e pretensiosa criação de uma espécie de eletrônica-fusion ficando no meio do caminho com este disco chato e repetitivo. A tentativa de fazer leituras de músicas de diversos continentes filtrados por drum machines até que é boa mas nada se amarra direito e o disco perde o gás lá pela terceira faixa.

Television – Adventure (1978)
Com a impossível missão de tentar superar ou ao menos se igualar ao fantástico “Marquee Moon” de 1977, “Adventure” suaviza as guitarras de Tom Verlaine e se concentra nos truques de produção de John Jansen. Não é um disco ruim em momento algum e preserva o estilo intacto da dobradinha Verlaine-Lloyd , mas a combustão do álbum anterior não está presente. De toda a forma tem “Ain’t That Nothin” e “The Dream’s Dream” que já valem o disco...

Testament – Souls of Black (1990)

Sem o brilho de “New World Order” , mas melhor que “Practice What You Preach” este terceiro álbum do Testament preserva o som que todo headbanger quer ouvir: pauleira incandescente e guitarras bem tocadas. Esta grande banda do trash metal se afasta dos temas góticos e do ocultismo (presente apenas na capa) e parte para um a crítica social e política fazendo um panfleto metálico de qualidade única e que balizou outras bandas do gênero.

Nenhum comentário:

Postar um comentário