segunda-feira, 21 de abril de 2014

A culpa é do técnico ! 
Dia 5 de julho de 1982. Uma data difícil de esquecer. A Seleção Brasileira voava baixo, favoritíssima à conquista da Copa do Mundo da Espanha. O time jogava tão bonito que muitos juravam ser a melhor seleção de todos os tempos, superior até ao Brasil de 1970 de Pelé, Jairzinho, Tostão e Rivelino. A conquista do título já era favas contadas. Após sequência de vitórias em duríssimos amistosos contra a Inglaterra (1 a 0), em Wembley, e Alemanha (1 a 0), no Maracanã, os canarinhos chegaram à Espanha como deuses do futebol. Logo no início, contra a União Soviética, susto: o desligado Valdir Peres não defendeu anêmico chutinho do russo colocando o Brasil em desvantagem e de certa forma antecipando a falta de sorte daquele time. Mas tínhamos Zico, Sócrates e Éder e viramos o jogo. A vitória embalou o time que partiu para uma sequência implacável de vitórias contra a Escócia (4 a 1), Nova Zelândia (4 a 0) e Argentina (3 a 1). Só restava a Itália, seleção que se classificou pelo saldo de gols e que apresentava futebol burocrático. Como dizia Drummond "tinha uma pedra no caminho" e esta pedra se chamava Paolo Rossi. Não é que o carcamano fez três gols na nossa Seleção e despachou o maior time do mundo para a casa mais cedo? Culpa do Telê que não armou o time direito e só jogava no ataque... Quatro anos depois, novo voto de confiança e nova decepção. Telê convocou quase a mesma Seleção, agora já envelhecida, que se arrastou pela competição até o azar aparecer novamente na forma de um pênalti mal cobrado pelo Zico. Vinte e oito anos depois o trauma já foi (?) superado com as conquistas das Copas de 1994 e 2002. Hoje lembramos a frase do Parreira "O gol é um detalhe" e nos convencemos que o importante "não é" competir, mas vencer sempre. Agora, na África do Sul, estamos em plena era Dunga e a grande estrela na Seleção é um goleiro o que já dá o tom da coisa toda. Ficamos cincos jogos sem tomar gol e massacramos os fraquíssimos Zimbábue e Tanzânia (nos amistosos pré-mundial) .

Contra a Holanda eu torci, vesti a camisa amarela e me prepararei para gritar gol, claro que sem aquela inocência e euforia de 1982. Os tempos são outros e a razão mostra que o pragmático Dunga teve seus motivos para fazer o time jogar assim. O time estava nervoso, vaticinou o Galvão… Só sei que independentemente dos detalhes,  a seleção não conseguiu o hexa  e sendo assim o veredito não pode ser outro: A culpa é do técnico.

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