sexta-feira, 18 de abril de 2014

Arte da Capa – Manchetes do Notícias Populares
O Notícias Populares, também conhecido como NP, era um jornal do Grupo Folha que circulou em São Paulo entre 15 de outubro de 1963 e 20 de janeiro de 2001. Era conhecido pelas poéticas e delicadas manchetes e a pela grande  popularidade entre os trabalhadores e o homem comum. Como tinha poucas páginas dava para dobra-lo e guardar no bolso de trás das calças.
Foi o pioneiro na reforma gráfica que tomou o jornalismo nos anos 1990 com a fórmula textinho-fotona. O NP serviu assim como balão de ensaio para mudanças significativas que o Grupo Folha acabaria promovendo em seu principal produto: a Folha de S.Paulo.
Quando trabalhei na Folha, a redação do NP ficava exatamente do lado (com uma fina divisória dividindo) do Banco de  Dados no 5º andar. Pude ver por lá o Sergio Mallandro, Flôr, Sônia Lima, Pedro de Lara, Zé do Caixão, Maguila, Sula Miranda e Teddy Boy Marino entre outros.
Havia também um negócio chamado “garota da capa” (um espaço na parte inferior da capa do jornal, onde se publicava fotos de mulheres bonitas em trajes sumários).  Frequentemente as candidatas a “Miss NP” da semana apareciam por lá. Meu amigo… eram umas passistas de escola de samba de entortar o pescoço da galera. Meu colega de Banco de Dados, o velho sábio Silva, que já devia ter nascido com uns 70 anos de idade, tamanha a sapiência, providenciou um estratégico furinho na parede que dividia os dois departamentos e socializou com os colegas   as “sessões” fotográficas das meninas. Isso é que é memória afetiva hehe…
Causou furor e entrou para a crendice popular o personagem bebê-diabo que o jornal jurava existir e do qual conseguiu até umas fotos…
Algumas manchetes históricas:
"Bicha põe rosquinha no seguro"
"Aumento de merda na poupança"
"Broxa torra o pênis na tomada"
"A morte não usa calcinha"
"Churrasco de vagina no rodízio do sexo"
“Aluno é expulso por causa do chulé”
“Maradona bom de bola, ruim de taco”
“Padre extermina 15 diabos por domingo”
“Broxa torra o pênis na tomada”
“Malacos surpreendidos sairam berrando em lá maior”
“Violada no Teatro Municipal”
“Deu um barro e morreu”
“Kombi era motel na escolinha do sexo”
“Médico afirma: o bebê-diabo nasceu no ABC”
“Psicóloga pega na marra e violenta o indigente”
“Milene engravida na primeira bimbada”
“Angélica foge do hotel no meio do terremoto”

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