Roberto Carlos a 300 Km por Hora
Brasil (1971)
Direção: Roberto Faria
Elenco: Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Raul Cortez, Libânia
Almeida, Flavio Migliaccio e Reginaldo Farias
Terceiro filme da trilogia de Roberto Faria, e o único em
que Roberto Carlos não interpreta ele mesmo, “A 300 Km por Hora” traz uma
marcante, segura e afirmativa atuação do Rei nas telinhas . Marca também seu
adeus à Jovem Guarda.
O ano de 1971 cristaliza a guinada na carreira do Rei. Sai o
Roberto beatlemaníaco e entra o Roberto com ares de Frank Sinatra. São deste
período “Detalhes”, “Amada Amante” e “Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos”...
Por falar em cabelo: com uma juba hippie e macacão azul com
zíper aberto, Roberto Carlos é Lalo, mecânico de concessionária de automóveis
que vive dando um jeitinho de dirigir os
carros do patrão. O sonho de Lalo é virar piloto de corrida. Enquanto isso não
acontece treina com o que (não) tem nas mãos.
Na concessionária, forma parceria com o amigo Pedro Navalha (Erasmo) e juntos
sempre acabam armando alguma para os clientes. O playboy Reginaldo Farias deixa
seu carrão importado para uma pequena vistoria e tem o automóvel “roubado”,
temporariamente, pelo Tremendão que decide usar a máquina para treinar o
Roberto em Interlagos. No filme, dá para sacar que o Roberto era uma espécie de
Speed Racer sempre batendo seus próprios
recordes na pista.
O patrão dos dois é o Raul Cortez. Mascaradíssimo e
gostosão, o ator (ainda com cabelo), interpreta um campeão de corrida e piloto
de renome internacional. O Raul , sempre com aquela cacharrel branca e um
chapéu estiloso, namora a Libânia , que faz a linha hippie-chic.
O Rei percebe que o relacionamento dos dois anda mal e fica
sonhando.Começa a tramar para ficar com a Libânia. Não contente em ser mecânico ele sonha agora
em participar do GP Brasil e ainda tascar uns beijinhos na namorada do patrão.
Muita pretensão para um mecânico qualquer mas fichinha para o Rei da Jovem
Guarda.
O filme segue e a dupla Roberto-Erasmo acaba virando trio
com a ajuda medrosa do Flavio Migliaccio, um motorista de caminhão, que ajuda
no seqüestro do carro do Raul Cortez.
O Raulzão velho de guerra a a estas alturas brigou com a
namorada e se mandou para a Europa (estava com medo de pilotar). Ele tinha
escapado da morte por um triz na corrida anterior. Sabendo da desistência do
chefe, o Roberto decide então tomar o lugar do ex-cabeludo na competição e
conta com as mutretas do Erasmo para que seu plano funcione.
Rá ! Batata né ? O Roberto banca o Vin Diesel é o mais veloz
e furioso do GP e ganha a corrida e o coração da Libânia (que no final do filme
acaba não ficando com ninguém nem com o Raul e nem com o Rei).
Achei o final meio triste. Talvez já reflexo do tipo de
mensagem que o Rei usaria dali em diante.
A trilha ainda conta com a balada “De Tanto Amor” e o
sucesso “Todos Estão Surdos”.
****Ótimo
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