Kill Bill volumes
1 e 2
EUA (2003)
e (2004)
Direção: Quentin Tarantino
Elenco: Uma Thurman (A Noiva), David Carradine (Bill), Lucy
Liu (O-Ren), Daryl Hannah (Elle), Vivica Fox (Vernita), Michael Madsen (Budd),
Sonny Chiba (Hattori) e Chia Hui Liu (Pai Mei)
Mas o “só” no
caso de Quentin Tarantino é um saco enorme de referências que vão se encaixando
num quebra-cabeças interminável e que vai ganhando sentidos diversos diante do
grau de conhecimento que o telespectador tem sobre cultura pop e história do
cinema.
- Tá legal e daí ? Você deve estar se perguntando… O que
isso interfere no filme ?
- A princípio a resposta é nada; num segundo momento pode se
chegar a conclusão de que tudo muda e ainda existe a tese de que os filmes do
Tarantino não são filmes, são uma espécie de anti-cinema exatamente a serviço
de uma desconstrução que alguns acreditam ser uma paixão desenfreada pela
história do cinema. Ou seria uma mitomania modificadora ? Um ímpeto restaurador
?
Mas voltando ao primeiro parágrafo e deixando os tais
cabecismos de lado, “Kill Bill” é uma história de vingança onde a Uma Thurman
decide abandonar uma gangue de assassinos de aluguel e é executada grávida no
dia de seu casamento.
Ela escapa da morte por um triz, fica em coma por 4 anos, se
recupera, empreende fuga espetacular pelo estacionamento do hospital e ressurge
numa Tóquio século 21 com desenvoltura de samurai e fúria de vingadora.
Invade o QG da Lucy Liu e , depois de executar no melhor
estilo Ronin uns 80 japas fortemente armados (ela decepa os coitados como um
sushiman corta aqueles pedacinhos de peixe) , trava a derradeira batalha com a
chefona e ex-pantera.
Depois do banho de sangue, ocorrido a pouco, temos o tão
esperado combate e então… eis que entra a canção “Don't Let Me Be
Misunderstood” do ótimo e improvável Santa Esmeralda desconcertando tudo e
dando um outro clima à carnificina. Reza a lenda que o Tarantino encaixou a
cena na música e não o contrário...
Depois que a Lucy vai pro saco, a Uma parte em busca da
Daryl e arranca-lhe o único olho bom, manda o irmão do Bill para o colo do
capeta e se prepara para o combate final com o veteraníssimo e cobra criada
David Carradine.
Quando todo mundo está torcendo para que a Uma decepe logo o
traíra eis que o malandrão mostra, para uma emocionada Uma Thurman (a esta
altura em lágrimas), que a criança que ela trazia na barriga, no dia da
tentativa de assassinato, sobreviveu e estava sendo criada por ele. A menina já
chega abraçando e elogiando a mãe e aplaca a fúria vingativa da loira.
Não conto o final mas duvido que após quase 7 anos você não
saiba.
Muita cena de pezinhos descalços para os fetichistas e
trilha sonora juntando num único filme Zamfir, Santa Esmeralda, Nancy Sinatra e
Neu!
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