Sexdrive – Rumo ao Sexo
EUA (2008)
Direção:
Sean Anders
Elenco:
Josh Zuckerman, Amanda Crew, Clark Duke, Seth Green e James Marsden
Fazia tempo que eu não assistia algo tão ruim. “Sexdrive” ,
segundo filme do novato Sean Anders , mostra que as vezes as pessoas escolhem a
profissão errada. Cinema definitivamente não é a praia deste diretor que tenta
durante quase 120 minutos defender o indefensável , no caso uma comédia com
toques escatológicos pra lá de desagradável e mal filmada.
A história, mais uma, é sobre adolescentes e a busca pela
primeira transa. Josh Zuckerman é um jovem virgem que trabalha como balconista
de lanchonete e tem de frequentemente se fantasiar como rosquinha para
alavancar os negócios mal geridos pelo chefe pedófilo. Mas o Josh detesta o
trabalho e detesta sua timidez com as mulheres. Vive numa insolúvel crise de
identidade e passa as noites se masturbando, sonhando com a colega de trabalho
(Amanda Crew) e aguentando as gozações do irmão mais velho que tem fama de
garanhão.
O Josh rouba o GTO Judge 69 , uma supermáquina que pertence
ao irmão brutamontes, e tenta se insinuar para a Amanda que retribui com gelo e
indiferença suas poucas investidas. Enquanto isso, um festival de mulheres
nuas, carros velozes e festinhas começam a aparecer na tela sempre com
situações que buscam reafirmar a virgindade e o deslocamento social do rapaz.
Tudo seria uma beleza se estas cenas, enfileiradas gratuitamente sem sentido
algum, se encaixassem no roteiro. A ausência de lógica vai mostrando que o
negócio é arrancar o riso (no caso amarelo) de qualquer maneira nem que para
isso tenha que se valer de racismo, homofobia, escatologia e incorreções de
todas as matizes.
Alguns diálogos da “obra” :
- “Meu amor que cheiro é esse ? Esperma ?”
Alguém precisa avisar o diretor que apenas o pessoal da
Troma consegue surfar em cima de temas tão polêmicos e ainda assim fazer rir.
Humorismo mais uma vez se revela um gênero para poucos (Monty Python, Mel
Brooks, Jim Carrey e alguns outros)
Do pouco que eu ainda me recordo do filme está uma cena da
madrasta do Josh escorregando numa calcinha, do irmão dele saindo do armário
(assumindo a homossexualidade), um tiro que a rosquinha humana dá num vilão e
as rápidas , mal filmadas e nunca consumadas cenas de sexo.
Para não perdermos mais tempo e até a fim de alertar os
leitores deste blog quanto a (falta de) qualidade da película, basta dizer que
perto deste filme os piores momentos do humorístico “Zorra Total” parecem uma
espécie de “Cidadão Kane”.
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