segunda-feira, 14 de abril de 2014

Carreiras
Brasil (2005)
Direção: Domingos de Oliveira
Elenco: Priscilla Rozenbaum, Domingos de Oliveira, Paulo Carvalho, Fábio Florentino e Jorge Jerônimo dos Santos
Não sei nem por onde começar. “Carreiras” é o filme do badalado diretor Domingos de Oliveira que anda causando furor sempre que lança algum filme (nos últimos anos foram muitos).
Vamos aos antecedentes e a folha corrida:
- O filme custou a bagatela de R$ 35 mil.
- A protagonista (Priscilla Rozenbaum ) é esposa do diretor.
- É o 11º trabalho do cineasta que no lançamento da fita trabalhava em “Todo Mundo Tem Problemas (Sexuais)” com Pedro Cardoso.
- Baseado na peça teatral “Corpo a Corpo” do Vianinha.
- O diretor tem no currículo obras com os sugestivos títulos “Amores”, “Separações” e “Feminices”.
- Ganhou nota máxima em resenhas do “Caderno 2” e “Ilustrada”. O primeiro o comparou a Pasolini e o outro com Rossellini.
Agora os fatos:
- A ótima atriz (Priscilla Rozenbaum) dá um show de interpretação, mas é antipática e o seu personagem não ajuda.
- O filme fala de cocaína e alpinismo profissional do primeiro ao último minuto da trama.
- Verborrágico, o longa vira uma espécie de monólogo e em alguns momentos parece que estamos assistindo um ensaio ou um documentário (e dos chatos) qualquer.
- Foi idealizado através de esquema de cooperativa, um negócio chamado Boaa (Baixo Orçamento e Alto-Astral) a idéia é treinar técnicos e elenco para então filmar tudo rapidamente a fim de reduzir custos. Partindo deste método o filme foi finalizado em nove dias. 
A história:
Priscilla Rozenbaum interpreta Ana Laura; com mais de 40 anos ela vai ser demitida e perderá a vaga de âncora num jornal qualquer. Como o passaralho é inevitável ela arma mil esquemas de difamação e puxadas de tapete. Loucaça começa a cheirar mais que o Maradona e manipula todos ao seu redor. Passa então a limpo: a vida, as amizades, a carreira e os projetos pessoais. Demonstrando ser bem escrota, ela se dirige até o apartamento de um amor do passado (o próprio diretor e marido que nutre por ela uma espécie de amor platônico), e como não consegue ser feliz decide rebaixar o coitado (até aí beleza. Uma espécie de sadismo e fetiche sexual do diretor transportado para as telas).
A futura demitida vai até uma livraria, pentelha o vendedor, faz escarcéu de madrugada pelas ruas semi-desertas e quase leva um tiro (confesso que merecia). Cheira mais umas carreiras e vê sua vida profissional  desmoronar. Aí liga para a mãe (o que ela não fazia a uma eternidade pois não tinha tempo) e descobre que morreu um parente.
Culpada, diz que irá visitar a mãe e promete ser uma pessoa melhor. Neste momento, quando estava virando a tal pessoa melhor, ela recebe um surpreendente telefonema. Alguém a convida para ocupar um cargo de correspondente internacional nos EUA.

Ela aceita na hora, manda tudo e todos à merda e volta a ser a velha jornalista escrota de sempre.
Superestimar: Estimar muito. Dar apreço ou valor exagerado a; ter em altíssima conta.
(Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, editora Nova Fronteira, 1986)

*Ruim

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