Stoned
Inglaterra
(2005)
Direção:
Stephen Wolley
Elenco: Leo
Gregory, Paddy Considine, David Morrissey, Ben Whishaw, Luke de Woolfson e
Monet Mazur
Filme sobre a vida de Brian Jones, o anjo loiro dos Rolling
Stones, “Stoned” marca a estréia de Stephen Wolley na direção de filmes (antes
havia trabalhado em diversos outros títulos, mas sempre como
produtor-executivo).
Se alguém ainda não conhece a batidíssima história da morte
por afogamento (ou seria assassinato ?) do guitarrista e fundador dos Rolling
Stones eis uma chance de conhece-la. Pelo menos é mais uma versão do ocorrido.
Com produção mediana , a maior parte da trama se passa na
mansão do Brian, o que temos desta vez é uma profusão de pessoas ingerindo
drogas, mulheres nuas, intrigas , luta pelo poder e autodestruição a toque de
caixa. Rock que é bom, muito pouco.
O diretor carrega no perfil psicológico do Brian e o retrata
como um louco drogado e manipulador que sente prazer mórbido em maltratar
pessoas.
O pedreiro Frank (Paddy Considine , que rouba o filme com
atuação impecável) é o bobo da corte do falecido guitarrista que ainda tem uma
doida Anita Pallenberg ( Monet Mazur muito linda) formando uma espécie de,
nunca consumado, triângulo amoroso.
O Brian está drogado e não quer tocar, prefere ficar na cama
com a Anita, e enfurece o empresário que está agendando uma turnê dos Stones
para os EUA. Mick e Keith fazem uma parceria fora dos palcos e combinam que se
o Brian não se livrar do processo por uso de drogas eles o chutarão para fora
da banda.
O empresário adverte o drogado guitarrista sobre a
possibilidade de não ser mais um stone e ele, em troca, decide cheirar umas
carreiras de coca. Antes disso: Keith,Mick, Brian e Anita vão para Marrakesh.
Lá, paraíso do haxixe, o Brian se sente na Disneylândia e não quer mais ir
embora. Como a dupla Jagger e Richards é mais pragmática ($$$) decidem que é
hora de dar um basta na loucura e se mandam de volta para Londres. O motivo
alegado é uma surra que o Brian deu na Anita por ela não ter participado de uma
suruba com garotas e rapazes marroquinos...
Brian recebe a notícia de que os amigos voltaram para casa,
sem avisa-lo, e ainda deixaram a conta do hotel para ele pagar. Para o
guitarrista tudo bem, ele acende um baseado monstro e vai tocar com músicos
locais (origem do seu único álbum solo “Joujouka” , Crz$ 900,00 – novecentos
cruzados novos no Sebo Erick Discos, em Pinheiros, na década de 80 e meu sonho de
consumo na época).
Após mais batuque com os africanos , o protagonista volta
para casa e começa uma sessão tortura para cima do pedreiro Frank , que além de
uma baixa estima incrível ainda tinha prazer masoquista em ser humilhado pelo
stone.
Mas o pior para o Brian viria com a visita do Mick e do
Keith em sua casa. Nem um chá preparado para os amigos de banda evita o recado
gélido do Mick Jagger anunciando a demissão do colega. O Keith ainda reforça:
Você está fora cara ! Naquela altura, além de roubar a Anita do Brian (muy
amigo), ele era agora o principal guitarrista da banda...
Arrasado, Jones resolve as coisas do seu jeito: anfetaminas,
vinho e maconha... Vai ficando cada vez mais paranóico. Na sua trip ele embarca
o pedreiro Frank (nesta altura um show a parte do filme) e força o trabalhador
a se drogar com ele.
Uma Anita fria e sem remorso e o empresário ausente dão o
tom de derrocada pessoal e artística do falecido guitarrista que agora tem seu
dinheiro bloqueado pelo manager dos Rolling Stones. Com a falta do dinheiro o
Brian decide despedir o pedreiro Frank e dar um basta na reforma de sua casa,
que não acabava nunca. O Frank, claro, fica furioso pois já tava gostando
daquela história de bebidas, drogas e garotas de graça e não que perder a
moleza. Decide tirar satisfação com o Brian que estava nadando na piscina.
O empregado já chega enquadrando o stone e ameaça dar lhe
uns murros, o Brian meio drogado, e não se dando conta do perigo, decide
humilha-lo como fazia antes, com umas piadas bestas e se dá mal...
Como o guitarrista sempre dizia que usava drogas para viajar
bonito, agora ele consegue seu objetivo: viaja deste mundo para a eternidade,
já que o Frank está apertando seu pescoço e o afoga na piscina. Morre o homem fica a lenda. Time is
on my side.
O filme finaliza com um rápido flash do povo chegando ao
Hyde Park para um show póstumo dos Rolling Stones (em memória do finado Brian)
e o comentário do pedreiro de que mesmo com o Mick Taylor a lenda stoniana
duraria ainda décadas...
Bacana mas meio deslumbrado.
Detalhe estranho: em nenhum momento da trilha sonora ouvimos
composições dos Stones, sempre as músicas explodem em versões executadas por
outros artistas o que vai nos causando um incômodo e estranheza. Sabemos então
que a banda não autorizou o uso das músicas no filme.
**Regular
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