Killer
Klows From Outer Space – Palhaços Assassinos
EUA (1988)
Direção:
Stephen ChiodoElenco: Grant Cramer (Mike), Suzanne Snyder (Debbie), John Allen
Nelson, John Vernon e Michael Siegel
Saca o título: “Palhaços Assassinos do Espaço Sideral”. Está
pérola única dos Irmãos Chiodo é o mais memorável e divertido filme B dos anos
1980 e ganhou status de cult movie com o passar do tempo.
Armas de pipoca, nave espacial em forma de tenda de circo e
casulos de algodão doce recheiam um absurdo e criativo filme que gerou algumas
(esquecíveis) cópias na década seguinte. Inicia com uma espécie de pião voador
girando nos céus e aterrisando numa cidade do interior dos EUA. O pião voador
era na verdade uma nave-circo espacial.
Moradores locais começam a se aproximar do circo e
desaparecem. Corta. Agora dois carinhas estão pilotando um carrinho de sorvete
(na verdade uma van com um sorvetão de plástico em cima dela) e saem fazendo
barulho pela cidade que já está meio cheia das piadas dos dois.
Enquanto isso, jovens se reúnem na lanchonete da cidadezinha
e curtem um rockabilly naquelas jukebox estilosas e um casal “dá um pega” no
banco traseiro de um Oldsmobile. Um fazendeiro tosco pega uma pá, um balde e
seu cachorro “Ursinho Puff (?)” e vai investigar o local do surgimento do
“circo”. Se ferra de vermelho e amarelo (as cores da nave-tenda). Começa uma
série de sumiços e ataques na cidade e o xerife, claro, acha que tudo é
invenção das pessoas e atribui as ligações de socorro a trotes dos irmãos
sorveteiros.
Pinta um novo telefonema e o xerife muito a contragosto vai
investigar. Acha uma espécie de cobertura de chantili no banco do carro em que
o casal (desaparecido) namorava. Surge o indefectível par romântico Mike e
Debbie, que num momento de distração dos palhaços consegue penetrar na
nave-circo e descobrem que tudo aquilo era meio estranho. Acham uma espécie de
geladeira forrada de casulos gigantes.
Os ataques continuam, seduzidos pelos palhaços, os moradores
da cidade acabam estrangulados por línguas-de-sogras, sufocados por pipocas
voadoras, derretidos por tortas de creme no corpo e raptados por algodões-doce
gigantes. Cena memorável: casal apaixonado troca beijos na lanchonete da
cidade, a mesma do começo do filme, e descuida da filha de 5 anos que observa
um dos palhaços assassinos dando tchauzinho do lado de fora da lanchonete. Ela
abandona os pais e vai até a porta da lanchonete para se deparar com o
palhaço-alien com um porrete gigantesco escondido para esmagá-la.
Voltamos para o casal xereta, que acaba encontrando os
habitantes da cidade presos dentro de casulos de algodão-doce gigante. Advinha
a utilidade dos casulos ?
- Eram onde os coitados raptdos estavam. Um furinho na
superfície do algodão e… a palhaçada toda bebia os moradores como quem toma uma
diet coke).
Mas, os vacilões fazem barulho demais e um palhaço
surpreende os bisbilhoteiros. Começa perseguição. Tiros e tiros de espingarda
que dispara pipocas assassinas explodem na tela.
Nossos heróis conseguem ganhar uma boa distância. Então, no
segundo grande momento do filme o palhaço pega umas bexigas, dá aqueles nós e
monta um “cachorrinho-bexiga-farejador” que denuncia esconderijo da dupla. Mais
correria , tiros e tal até que o Mike com uma arma de verdade dá um tiro bem
naquele nariz de bola que os palhaços usam. Surpreso, percebe que os aliens
explodiam. A cena marcante era exatamente essa: tiro no nariz, palhaço girando
como pião, musiquinha circense e eles virando serpentinas. Eureca ! descobriram
como evitar os invasores !
Os palhaços-aliens ligam a nave-circo que começa a girar
intensamente , a dupla de heróis pula fora no último segundo e os malandrões se
mandam para o espaço sideral (de onde nunca deveriam ter saído). O filme,
coloridíssimo , com atuações supreeendentes , baixo teor de violência é quase
uma terror-comédia e acaba funcionando como um caledoscópio de citações da
cultura trash dos anos 1950 ( passagens plagiadas de “A Bolha” - a dominação da
cidadezinha pelos clows - e “Invasores de Corpos”- os casulos algodão-doce).
Enfim, palhaçada de primeira.
A TV Bandeirantes exibiu este filme pela primeira vez, acho,
que em 1990 no “Cine Mistério” e depois várias vezes no “Cine Trash”.
No espaço sideral ninguém pode tomar sorvete !!!
*****Ótimo
Nenhum comentário:
Postar um comentário