E o Playstation acabou com o parque de diversões
Estive pensando no nome daquele parque
enorme, que eu avistava todos os dias quando trabalhava na Zona Norte.
Playcenter. Logo,”centro de jogos” numa tradução literal. Os anos se passaram e
com eles chegaram empreendimentos como como Hopi Hari e Wet’n’Wild. A cena você
já conhece: um monte de baleias brancas com sungas e biquínis minúsculos
violentando o bom gosto e bom senso.
Alguém ainda vai a parques de
diversões ? Alguém já roubou um beijo quando a roda gigante estava lá em cima
ou abraçou mais forte o par no escurinho do trem-fantasma ?
Alguém ainda faz pose de John
Wayne ao atirar (e errar) naquelas espingardas de rolhas com mira torta ?
Fala sério... Não era o
máximo observar a transformação da mulher de biquíni na Monga, a Mulher-Gorila ?
Fui, ainda adolescente, no
Playcenter lá pelos anos 1981 ou 1982. Tinha uma atração chamada Montanha
Encantada que era de um luxo e beleza embasbacante.
Já no início dos anos 1990 os
parques radicalizavam nos brinquedos: Navios vikings que te balançavam na
fronteira do vômito, dois pêndulos chamados cataclismas que te balançavam em
sentido anti-horário chegando a dar voltas de 360º e o double shock: gôndolas
que te giravam de ponta-cabeça nos dois sentidos e que tinha por objetivo
colocar o seu estomago no lugar do coração e vice-verso...
A garotada foi ficando mais
hard e selvagem e a magia dos “centros de diversões” além de nostálgica era
agora coisa de tiozinhos. Um passado sem volta. Foto desbotada no fundo de uma
gaveta.
Bacana em 2010 é o “Doom” ,
“Carmageddom” e dezenas de outros títulos de games onde os fracos não tem vez.
Dias destes, por ocasião das
festividades de fim de ano, parte da família reunida, minha mãe me diz que meu
tio quando jovem tinha o hábito de desamarrar cavalos e dar uma volta com eles
pelo bairro, isso quando não nadava pelado na lagoa de um sítio nos arredores.
Eu, joguei bola, soltei pipas e corri com carrinhos de rolimã.
OK.OK. Cada época com suas
alegrias e prazeres... Mas a nostalgia queima fundo na alma.
Foi bacana, mas hoje eu não
conseguiria zerar o Mortal Kombat nem o Manhunt né ?
Por que estou escrevendo isso
? Sei lá, talvez um flashback natalino ao ver alguns presentes serem abertos e
não encontrar o Ferrorama em nenhum deles...
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